quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

DIA DO FUSCA

FELIZ DIA NACIONAL DO FUSCA
Nesta data tão importante pra nós do IVC, nós te homenageamos, hó FUSCA!
Aqui vai um pouco da tua história.

A HISTÓRIA DO FUSCA BRASILEIRO




Käfer, Coccinelle, Escarabajo, Maggiolino, Fusca, Beetle, Bug...

O Volkswagen Sedan é um daqueles automóveis que dificilmente passam sem despertar uma emoção - seja paixão ou até ódio.

Para alguns um projeto arcaico, para outros um projeto eterno, feito pra durar; o Fusca, feito a principio à pedido de Hitler a Ferdinand Porsche, o velho "beetle" foi nomeado Volkswagen, que como todos sabem, provem do idioma alemão e seu significado é "Carro do Povo".

Depois foi nomeado "Volkswagen Sedan", e partindo de um apelido nascido no Brasil, acabou sendo nomeado oficialmente aqui no Brasil como "FUSCA".

Como bons fuscamaníacos, tentaremos relatar um pouco da história do FUSCA, embora não ter vivido brilhante época, época que fez do Fusca um candidato ao carro do século.

Inicio da década de 30. Ferdinand Porsche desenvolveu um projeto na sua própria garagem, em Stuttgard, Alemanha.

Em 1930 a Alemanha, assolada por uma dura recessão, tinha um dos piores índices de motorização da Europa. Nesta época popularizou-se a expressão "Volkswagen" (Volk, povo, Wagen, carro, significando carro do povo), simbolizando o desejo dos alemães de possuir um carro popular, barato e econômico que servisse toda a família. Naquela época, diante das dificuldades econômicas, isto parecia impossível.

Esta idéia cativou também o projetista de carros austríaco Ferdinand Porsche, que em 1931 defendia a idéia de produzir um carro popular. Neste mesmo ano a Zündapp, fabricante de motos, encomendou a Porsche a construção de três protótipos. Eles foram batizados de "Tipo 12", já que Porsche numerava todos os projetos de seu escritório, o Konstruktionbüro.

Porsche estava bastante entusiasmado com o projeto. O carro seria pequeno, com motor traseiro de três cilindros em "W", e teria carroceria aerodinâmica para reduzir a potência necessária e o tamanho do motor.

Os primeiros modelos, ainda muito diferentes do "Fusca", estavam prontos em 1932. No entanto, a Zündapp, por problemas financeiros, rompeu o contrato.

Porsche, porém, já havia negociado com outro fabricante, a NSU, para desenvolver o "Volkswagen". O modelo da NSU foi chamado de "Tipo 32", e já era bem semelhante ao "Fusca" como o conhecemos. No entanto, em 1933, a NSU desistiu do projeto.

Nesta época Hitler havia tomado o poder na Alemanha e estava comprometido com a modernização do país e a recuperação da economia, principalmente do emprego. Para Hitler a idéia de um "carro do povo" feito por trabalhadores alemães e viajando por todo o país era a exata realização desta plataforma política.Ainda em 1933 um amigo de Porsche dos tempos em que ele trabalhava na Daimler, Jacob Werlin, intermediou um encontro de Porsche com o ditador.

Neste encontro, Hitler mostrou-se bem informado sobre os projetos de Porsche na NSU e com opinião formada sobre o "carro do povo". Segundo Hitler ele deveria ser barato, não ultrapassando os mil marcos imperiais, transportar de quatro a cinco pessoas e alcançar e manter 100 km/h com uma média de consumo de 14 km/litro.

Embora para Porsche aquele parecesse um sonho impossível, Werlin o convenceu a aceitar a verba de vinte mil marcos por mês para desenvolver o projeto.

Diversas tentativas foram feitas para demover Hitler de vários de seus pedidos com relação ao Volkswagen, mas com relação ao preço ele foi intransigente com o valor máximo, agora fixado de forma arbitrária em 990 marcos.

Mesmo assim, o contrato foi assinado em 1934 e os equipamentos foram instalados na casa de Porsche em Stuttgart.

O primeiro projeto do Fusca, era equipado com um motor dois cilindros, refrigerado a ar, que tinha um rendimento absurdamente péssimo.

Criaram o motor quatro cilindros, opostos dois a dois , chamado de Boxter,também refrigerado a ar, com suspensão independente dianteira, que funcionavam através de barras de torção.

Foi um projeto ousadamente revolucionário, pois até então os carros da época eram feitos com motores refrigerados a água e suspensão que em sua maioria usavam feixe de molas (tipo suspensão de caminhões) ou molas helicoidais.

Lançado oficialmente em 1935, pelo então projetista Ferdinand Porsche, o Volkswagen podia ser comprado por quase todos, ao preço de 990 marcos, e era equipado com motor refrigerado a ar, sistema elétrico de seis volts, câmbio seco de quatro marchas, que até então só se fabricavam carros com caixa de câmbio inferiores a 3 marchas.

Daí, as evoluções foram constantes.

Sistema de freios a tambor, caixa de direção tipo "rosca sem fim", evoluções estéticas como quebra vento, lado abertura da porta (no início a porta abria do lado oposto), saída única de escapamento, estribo, entre outras.

Em 1936, já reformulado, com bastante semelhanças com o Fusca de hoje, o Volkswagen era equipado com duas pequenas janelas traseiras, em 1937 existiam 30 outros modelos sendo testados na Alemanha. E a partir de 1938, iniciou-se a construção, em Hanover de uma fábrica a qual o Volkswagen seria construído na forma de fabricação em série.

Em 1939, devido ao início da segunda guerra mundial, o Volkswagen acabou virando veículo militar. Derivados do fusca, como jipes e até um modelo anfíbio (Shwinwagen, atualmente existem 3 no mundo, e um no Brasil). A mecânica também haveria mudado. Virabrequim, pistões, válvulas , o motor de 995 cc.e 19cv passou a ser de 1.131 cc. e 26 cv. Mais de 70 mil unidades militares foram produzidas.

Término da segunda guerra mundial, a fábrica que estava sendo construída em Hanover, estava quase que inteiramente destruída.

Seus projetistas, ninguém sabia por onde andavam, e de suas versões militares ninguém mais precisara, por pouco não foi o fim do Volkswagen.

Até um major inglês redescobrir o Volkswagen. Ivan Hirst, resolveu "adotar" o velho Volkswagen, entre os escombros da antiga fábrica, a versão original do VW passou a ser reaproveitada.

Retomada sua fabricação, o Volkswagen passou a ser utilizado em serviços de primeira necessidade, escassos naquela época, como correio, atendimento médico, etc.

Em 1946, portanto um ano depois, já existia 10 mil volkswagens sedans em circulação.

1948 - existiam 25 mil, sendo 4.400 para exportação.

1949 - o Fusca já tinha seu próprio mercado nos EUA.

Independente de seu projeto mecânico, a aparência do Fusca haveria mudado bastante.

1950- Desembarcam os primeiros fuscas no Brasil pelo o porto de Santos.

1951- havia duas janelas repartidas na parte traseira, embora continuar sem os "quebra-ventos".

1953 - o fusca surgia com "quebra-ventos" nas janelas laterais, e a partir da segunda série deste ano a janela traseira se resumia a uma única, em formato oval. Neste mesmo ano o fusca começou a ser montado no Brasil.

1957 - Os últimos modelos com vigia traseira oval saíam da linha de montagem, em Wolfsburg, em julho. A partir daí, o Fusca sofreria modificações tais que o tornariam um modelo de transição para a década seguinte. Em Setembro deste mesmo ano, a KOMBI, passa a ser nacionalizada com 46% das peças feitas aqui mesmo no Brasil.

1958 - As principais alterações estéticas se encontram nos vidros: o pára-brisa tinha a altura e a largura aumentadas, gerando uma melhora de 17% na área de visão à frente.Outras modificações foram novo painel, com aumento do porta-luvas, e tampa do motor, com desenho mais limpo. Também , o Sedan passava a ser oficialmente importado pelo México.

1959 - O pára-sol deixava de ser de plástico transparente e passava a um modelo estofado. Já como modelo '60, um novo chassi era introduzido, permitindo modificação no posicionamento da caixa de câmbio e do motor, com melhora na estabilidade. No Brasil, em janeiro, saía da linha de montagem o primeiro Sedan nacional. Já com 54% de nacionalização, também vinha equipado com estabilizador dianteiro.

1960 - Na Alemanha, o Sedan passava a contar com amortecedor de direção. A França já contava com sua própria Volkswagen e, no Brasil, o Fusca também adotava o volante tipo cálice e o sistema de sinaleiros (pisca-pisca) deixa de ser uma barra na coluna lateral central (também chamada de bananinha) para as lanternas traseira, juntamente com luzes de freio e lanterna, e também a saída de escape passa a ser dupla.

1961 - O motor 1.200 alemão recebia melhoramentos , aumentando a potência. - No Salão de Frakfurt era lançado o Typ 3, veículo maior e mais moderno que inspiraria nossos TL e Variant. No Brasil, o câmbio passava a contar com a primeira marcha sincronizada, o painel recebia marcador de combustível e a famosa alça de apoio para o passageiro.

1962 - Na Europa, o modelo Standard recebia freios hidráulicos. No Brasil, o chassi passava a ser nacional; os faróis contavam com luz assimétrica e as lanternas traseiras aumentavam.

1963 - Janelas basculantes e lavador de pára-brisa acionado por botão, no painel, são os destaques do modelo brasileiro, que só então passaria a ter amortecedor de direção. Na Alemanha, uma nova carroceria já era prevista.

1964 - Na Europa, ocorria o lançamento de uma nova carroceria, com vidros laterais maiores, pára-brisa ligeiramente curvo e novos bancos. A designação passava a Typ 115. No Brasil o Sedan recebia novo tanque de combustível. A filial mexicana era criada.

1965 - Os destaques são para o modelo brasileiro: cobertura da lanterna da placa traseira e piscas dianteiros ficavam maiores, a barra de direção contava com lubrificação automática e o banco traseiro tornava-se dobrável. Também foi o ano de lançamento do modelo espartano "Pé de Boi" e do modelo equipado com teto solar de acionamento manual.

1966 - Na matriz, o Sedan recebia o motor de 1.300 cm3 de cilindrada. No Brasil, os modelos "Pé de Boi" e com teto solar deixavam de serem fabricados. Alguns modelos recebiam ligeiro aumento na vigia traseira e limpadores de pára-brisa em repouso na direita, já antevendo o modelo 1967.

1967 - A Europa conhecia o motor 1.500 e os carros assim equipados vinham com freios a disco nas rodas dianteiras. No Brasil os motores passavam a 1.300 cm3, com 38 cv. Esse modelo podia ser distinguido pelas rodas dotadas de furos, para melhorar a ventilação dos freios, e novos revestimentos internos.

1968 - foi provado que o sistema de 6 volts que o equipava não se mostrava eficiente, aí o Fusca ganhara um novo sistema elétrico 12 volts. E a caixa de direção passa a ser lubrificada com graxa.

1969 - O novo retrovisor externo chegava ao modelo brasileiro, montado na própria porta e não mais na dobradiça desta. Era lançada a Variant, perua baseada no 1.600 quatro-portas, equipada com dupla carburação.

1970 - o Fusca sofreu uma grande transformação. Continuando com a versão 1.300 cc, surgiram a versão 1.500 cc essa com 52 cv (SAE) de potência.

Carinhosamente apelidado de "Fuscão". Para essa versão, o fusca também recebeu uma barra compensadora no eixo traseiro, para finalidade de maior estabilidade. Esteticamente o capô do motor ganhou aberturas para maior ventilação, novas lanternas, cintos de segurança. Como opcional o fusca tinha freios a disco na dianteira.

1972 - O Typ 1302 alemão dava lugar ao 1303, com pára-brisa envolvente, novo painel, pára-lamas traseiros redesenhados e lanternas redondas. Sem grandes modificações, o Fusca brasileiro alcançava a milionésima unidade. Por aqui, era lançado mais um esportivo da casa, o SP2.

1973 - O modelo brasileiro recebia faróis semelhantes ao modelo europeu. Surgia também o 1.500 Standard e os revestimentos internos complementavam as novidades.

- Outro derivado que nascia era a Brasília, totalmente desenvolvida no Brasil. O novo sistema de carburação com carburadores recalibrados para menor consumo, e novo distribuidor vácuo-centrífugo deram mais ênfase ao carro que sem dúvida era um sucesso

total.

1974 - No Brasil mais um modelo era lançado: o 1.600 S , com motor de 54 cv e dupla carburação, rodas aro 14 pol e uma tomada de ar sobre a tampa do motor, sublinhando certo caráter esportivo. A própria marca o apelidou "besourão" ou "bizorrão". Todos os modelos contavam com bitola dianteira mais larga e acelerador de duplo estágio.

Nunca vendeu tanto fusca no Brasil.

O fusca teve uma produção de 239.393 unidades somente em 1974. Comparado a produção de 1969 que era de 126.319, foi um impressionante salto nas vendas. Tudo provava o absoluto sucesso do Fusca.

1975 - a linha VW foi ampliada com a chegada do novo motor 1.300, versão 1.300-L e o modelo 1.600 passou a ter a alavanca de câmbio mais curta e filtro de ar do carburador de papel. Outras alterações também vieram, como painel, espelhos retrovisores, e outras (estéticas).

1976 - Desse ano em diante, a matriz só produziria o Sedan mais simples e por pouco tempo. Lá ainda restava o 1303 conversível, produzido pela Karmann. No Brasil, o Fusca ia de vento em popa: dois milhões de unidades produzidas.

1977 - Os nacionais 1.300 L e 1.600 recebiam aprimoramentos no acabamento, o sistema de freios passava a contar com luz-piloto no painel e a carroceria ganhava reforços.

1978 - o bocal do tanque de combustível passou a ser do lado externo do carro, e não dentro do porta-malas como mostrava-se até então.

1979 - as lanternas traseiras ganharam nova forma, e pelo seu grande tamanho, esta versão do fusca, a partir desse ano foi apelidado de "Fuscão Fafá". Após quatro anos sem mudanças, em 1983 o "Super-Fuscão" desaparece. Adotaram o nome oficial de "FUSCA". Com algumas poucas inovações como caixa de câmbio "Life-Time"(dispensa troca periódica de lubrificante), ignição eletrônica nos modelos a álcool, bomba de combustível com proteção anti-corrosiva, válvulas termopneumáticas nas entradas dos filtros de ar (com a função de controlar a temperatura do ar aspirado para finalidade de melhorar a queima da mistura).

1980 - O Fusca surgia com apoios de cabeça opcionais e era lançada a Série Prata, especial, com pintura em prata e interior cinza. - Ano do lançamento do Gol, ainda com motor 1300 "a ar" de 42 cv, mas com posição e tração dianteiras.

1981 - Um novo volante brindava o Sedan. - Surgiam o Gol 1.600 e, no fim do ano, o Voyage, já com motor dianteiro refrigerado a água.

1982 - O VW recebia novos instrumentos e uma nova versão mais luxuosa do 1.300, a GL. Ano do nascimento da Parati e do picape Saveiro. Marcou também a retirada da Brasília de produção.

1983 - Agora com o nome Fusca oficial, um só modelo passava a existir, com diferentes opções de acabamento. As tradicionais lanternas traseiras menores, então só para os modelos mais simples, desapareciam.

1984 - O Fusca passava a ter apenas o motor 1.600 e os modelos a álcool recebiam ignição eletrônica. Surgia nova série especial, Love, em tom azul metálico, simbolizando a paixão suscitada pelo Fusca. 1985 - Opção de cores metálicas para o Fusca e nova série especial, desta vez em verde metálico, com rodas de 14 pol com sobre-aros cromados, faróis de longo alcance, buzina dupla e vidros verdes. Mais um modelo "a água" surgia: o Santana.

1986 - Ano da primeira paralisação do Fusca no Brasil. Os últimos exemplares tiveram lista de reserva e saíram das linhas de montagem com acabamento

luxuoso. Só o México prosseguia com a produção dos Sedans.

1993 - sem mudanças na carroceria nem no motor o fusca ganhou pára-choques na cor do veículo, canalizador com uma única saída de escape no pára-lamas esquerdo, estofamentos novos, volante novo e muitos outros detalhes de acabamento, inclusive detalhes opcionais.

Quando todos não acreditavam no sucesso do relançamento do Fusca, as vendas foram mais que animadoras. Chegou a produzir mais de 45 mil novos Fuscas. Até sua oficial parada de fabricação anunciada em Julho/1996 o fusca deixou mais fãs por seu rastro.

Para comemoração da sua última série de fabricação, foram fabricados os últimos 1.500 Fuscas carinhosamente dados numa versão "FUSCA OURO", onde os últimos 1500 proprietários de fuscas "novos" tem seus nomes guardados em um "Livro de ouro da VW." Um Fusca Série Ouro é facilmente identificado, neste seu último modelo a VW super-equipou esteticamente a versão.

Com estofamentos do Pointer GTI, desembaçador traseiro, faróis de milha, painel com fundo branco, vidros verdes (75% transp.) esta foi a série de gala do querido carrinho. Mais uma vez nosso querido fusquinha cumpre seu papel, um sucesso de vendas e de mercado.

Outra novidade foi o sucesso de seu relançamento oficial, montado em chassis do VW Golf e com seu novo nome já definido, o BEETLE volta as ruas, mostrando sua nova cara e dando continuidade a essa inigualável carreira que o "querido carrinho" fez por merecer.

Em Julho de 2003 saiu da Fabrica de Puebla no Mexico o SEDAN de Numero 21.529.464 que seria o ultimo Fusca (Vocho como é chamado por la) a ser fabricado no mundo inteiro!!!

O Fusca foi um dos poucos carros que desde a sua Concepção manteve o seu desenho basico até o final!!!!!!!!!!

Deixou mesmo foi um enrome vazio no Coração de muitos de seus admiradores!!!!!

E assim temos um exemplo de um projeto que alcançou o completo sucesso, e por trás dele um gênio imortal, um Mito: Ferdinad Porsche.